
George Hotz, hacker conhecido como “Geohot” responsável por ter burlado o sistema de segurança do PS3, agora trabalha para aGoogle. Depois de cravar em seu currículo feitos notáveis, que vão desde o desbloqueio do iPhone em 2007 até seu registro como empregado do Facebook, o jovem de 24 anos é atualmente um dos pesquisadores do Project Zero. O programa é uma iniciativa audaciosa da gigante das buscas que visa reduzir os riscos de ataques maliciosos feitos online a todos os usuários da internet.
Depois de receber uma recompensa de US$ 150 mil pela descoberta de uma falha do navegador da Google, Geohot logo foi convidado a integrar a equipe que deverá dedicar esforços à pesquisa de soluções em segurança online. “Você deve poder usar a internet sem medo e certificar-se de que nenhum ator está explorando falhas de softwares para infectar seu computador com o objetivo de roubar dados ou monitorar suas conversas”, diz Chris Evans, um dos coordenadores de Project Zero responsável por recrutar integrantes ao time de pesquisas.

“Estamos contratando as melhores mentes voltadas a investigações sobre soluções a vulnerabilidades que terão 100% de seu tempo utilizado para otimizar a segurança ao redor da internet”, pode-se ler no blog do programa. Dentre os objetivos do Project Zero, destacam-se o combate ao desrespeito aos Direitos Humanos e à espionagem industrial.
"Anti-herói"
Geohot começou a ganhar popularidade já em 2007, aos 17 anos. Na época, o garoto gerou o primeiro de uma série de jailbreaks ao iPhone. Em 2010, Hotz conseguiu realizar a “engenharia reversa” de um dos sistemas mais lacrados já desenvolvidos pela Sony; o PlayStation 3 foi então desbloqueado. A companhia japonesa chegou a processar o rapaz, mas o caso todo acabou por se resolver em um acordo entre Sony e Geohot – que prometeu "nunca mais quebrar os códigos de segurança de quaisquer aparelhos produzidos pela fabricante". Abaixo, gravação feita em 2011. No rap, Hotz desafia a Sony a levá-lo ao tribunal. "Sou a reificação da liberdade", canta em dado momento.
Depois de conhecer alguns dos engenheiros da Sony em 2011 e demonstrar seus métodos aos especialistas, o hacker acabou sendo convidado peloFacebook para trabalhar. “Trabalhar no Facebook é realmente legal”, disse Geohot no mesmo ano. George Hotz pediu demissão após trabalhar por oito meses como funcionário da empresa fundada por Zuckerberg. Atualmente, o jovem especialista é contratado da Google como pesquisador do Project Zero.
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